quarta-feira, 12 de maio de 2021

O JARDIM ENCANTADO

 

Dean Stockwell,  Margareth O’Brien e Brian Roper (1929-1994). 

No tempo do VHS, assisti a um filme em preto e branco sobre uma menina solitária que encontrou um jardim mágico, única cena colorida. Gostei muito, mas naturalmente acabei me esquecendo do enredo. No início do ano, não sei o motivo, lembrei-me dele e tentei achar. Em vão. Pesquisando a feira de livros da UNESP encontrei um título que me pareceu ser a origem do filme: “O Jardim Encantado” e, claro, comprei. A autora é a inglesa Francis H. Burnett (1849-1924). Finalmente, localizei o filme de 1949, dirigido por Fred M. Wilcox, e até descobri que havia uma versão recente.

        Burnett conta a história de uma menina inglesa feia, rica e mimada, que vive na Índia colonial aos cuidados dos empregados, e em plena epidemia de cólera não só perde os pais como é esquecida na mansão em que vive. Achada ela é envida para a Inglaterra aos cuidados de um tio. Em seu novo lar ela viverá o mesmo problema, já que o tio é tão ausente quanto seus pais. A menina autoritária aos poucos descobre um mundo muito diferente da Índia e levada pela curiosidade começa a explorar a nova casa, desvendando mistérios que irão mudar sua vida e a das pessoas ao redor. De forma sutil a autora vai mostrando como a feiura da menina desaparece à medida que ela aprende a conviver com as pessoas e a fazer dos seus erros um aprendizado que ajudará a todos. Uma excelente história infantil, muito bem narrada e com uma linguagem elegante, sem contar que a edição da Martin Claret (2017) é muito bonita.

No filme de Fred M. Wilcox, as crianças são interpretadas por Margareth O’Brien (1937) e  Dean Stockwell (1936). Ela ganhou o Oscar de melhor atriz infantil em 1947, mas a carreira adulta da atriz não teve sucesso, ao contrário de Dean Stockwell, que recebeu dois prêmios de melhor ator em Cannes em 1959 e em 1962 e foi indicado ao Oscar de melhor ator em 1989.

2 comentários:

Nilton Tuna disse...

Que coincidência! Ontem assisti à nova - nem tanto, deve ter mais de uma década - versão desse filme, meio assim por acaso zapeando sem encontrar nada interessante na tv. Só fiquei vendo porque a Maggie Smith estava no elenco. Num papel bem secundário, aliás...

Hilda Araújo disse...

Bom dia, Nilton. Maggie Smith transforma pequenos papéis em atuações memoráveis.