quarta-feira, 10 de novembro de 2021

VALSAS DE VIENA

Alfred Hitchcock (1899-1980) deixou a Inglaterra em 1939 para trabalhar nos Estados Unidos, portanto, ao contrário do que informa a Wikipedia, o filme “Valsas de Viena”, de 1934, não é americano. Aliás, quem escreveu a sinopse não assistiu ao filme, uma divertida comédia sem nenhum compromisso com fatos históricos ou biográficos. Músico de sucesso em Viena, Johann Strauss (1804-1849) não desejava que os filhos se tornassem músicos profissionais e queria que Johann Strauss Jr. (1825-1899) fosse banqueiro.


O jovem Strauss aprendeu violino escondido e só pôde se dedicar à música quando o pai constituiu nova família com a amante. Johann Strauss Jr. ou Johann Strauss II superou o sucesso do pai e seu talento foi reconhecido mundialmente. Ele compôs principalmente músicas para dança (especialmente valsas e polcas) e operetas. Uma das suas obras mais famosas é a valsa “Danúbio Azul”, que foi escrita por encomenda da Associação Masculina de Canto Coral de Viena.

A estreia aconteceu em um baile de Carnaval em Viena no dia 15 de fevereiro de 1867 e a orquestra foi conduzida por Rudolf Weinwurm, regente da Associação porque Strauss estava atendendo a um compromisso na Corte Imperial. Diz-se que o título foi inspirado em poema do poeta húngaro Karl Isidor Beck (1817-1879); a letra de autoria de Joseph Weyl não agradou e logo foi esquecida. A valsa não apaixonou apenas o povo. Richard Wagner se encantou com a introdução e Johannes Brahms lamentou- se num guardanapo, onde rabiscou um comentário sobre a música: "Infelizmente, não é minha”.

        “Valsas vienenses” tem boa música, muitas trapalhadas, romances e principalmente muita imaginação. Entre os roteiristas está Reville, a sra. Hitchcock desde 1926. Elenco encabeçado por Jessie Mattews e Esmond Knight, ambos muito populares no período pré-II Guerra na Inglaterra. Ela fez também fez sucesso nos Estados Unidos. 




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