Alfred
Hitchcock (1899-1980) deixou a Inglaterra em 1939 para trabalhar nos Estados
Unidos, portanto, ao contrário do que informa a Wikipedia, o filme “Valsas de
Viena”, de 1934, não é americano. Aliás, quem escreveu a sinopse não assistiu
ao filme, uma divertida comédia sem nenhum compromisso com fatos históricos ou
biográficos. Músico de sucesso em Viena, Johann Strauss (1804-1849) não desejava que os filhos se
tornassem músicos profissionais e queria que Johann Strauss Jr. (1825-1899) fosse
banqueiro.
O
jovem Strauss aprendeu violino escondido e só pôde se dedicar à música quando o
pai constituiu nova família com a amante. Johann Strauss Jr. ou Johann Strauss II
superou o sucesso do pai e seu talento foi reconhecido mundialmente. Ele compôs
principalmente músicas para dança (especialmente valsas e polcas) e operetas. Uma
das suas obras mais famosas é a valsa “Danúbio Azul”, que foi escrita por
encomenda da Associação
Masculina de Canto Coral de Viena.
A estreia
aconteceu em um
baile de Carnaval em Viena no dia 15 de fevereiro de 1867 e a orquestra foi
conduzida por Rudolf
Weinwurm, regente da Associação porque Strauss estava atendendo a um compromisso
na Corte Imperial. Diz-se que o título foi inspirado em poema do poeta húngaro Karl Isidor Beck (1817-1879);
a letra de autoria de Joseph Weyl não agradou e logo foi esquecida. A valsa não
apaixonou apenas o povo. Richard Wagner se encantou com a introdução e Johannes
Brahms lamentou- se num guardanapo, onde rabiscou um comentário sobre a música:
"Infelizmente, não é
minha”.
“Valsas vienenses” tem boa música, muitas trapalhadas,
romances e principalmente muita imaginação. Entre os roteiristas está Reville, a
sra. Hitchcock desde 1926. Elenco encabeçado por Jessie Mattews e Esmond
Knight, ambos muito populares no período pré-II Guerra na Inglaterra. Ela fez também
fez sucesso nos Estados Unidos.
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