quarta-feira, 26 de outubro de 2022

A PINTURA E A DANÇA

Para o bailarino, professor e coreógrafo Klauss Vianna (1928-1992) a dança “deixa de ser uma profissão, uma diversão, uma ginástica, deixa até de ser uma arte no sentido mais restrito do termo, para ser entendida e vivida como um caminho de autoconhecimento, de comunhão com o mundo e de expressão do mundo”, como escreveu Luis Pellegrini no prefácio do Livro “A dança”, que Klauss Vianna escreveu. 

     Pintores não ficaram imunes à beleza dos corpos em movimento e registraram belas imagens em suas obras.

 O francês Toulouse-Lautrec (1864-1901) foi um cronista que trocou a caneta pelo pincel, registrou as grandes dançarinas contemporâneas e perpetuou os anônimos frequentadores dos cabarés parisienses, especialmente o Moulin Rouge.


Heitor dos Prazeres (1898-1966), músico e compositor carioca, foi também pintor. As rodas de samba são um tema constante no seu trabalho, que mereceu o Prêmio de aquisição da I Bienal de São Paulo, em 1951 e foi exibido na Bienal de Veneza e no I Festival Mundial de Arte Negra de Dakar. 


 Pablo Picasso (1881-1973), também abordou o tema em algumas obras, como Três Dançarinas (1925).

Os Dançarinos (1987), óleo sobre tela do colombiano Fernando Botero, 92 anos.


Meu quadro preferido, entretanto, é Le Moulin de la Galette, de Auguste Renoir (1841-1919). O artista reproduziu uma cena que qualquer pessoa, goste ou não de dançar, apreciará muito. Casais dançando enquanto as pessoas conversam, bebem ou apenas escutam a música e observam os pares girando na pista... O casal junto da árvore – ele distante, ela triste. Os trajes elegantes. Os penteados caprichados. O reflexo da iluminação no chão. O tempo passou, mas a essência do quadro permanece atual. 

Nenhum comentário: