Para o
bailarino, professor e coreógrafo Klauss Vianna (1928-1992) a dança “deixa de
ser uma profissão, uma diversão, uma ginástica, deixa até de ser uma arte no
sentido mais restrito do termo, para ser entendida e vivida como um caminho de
autoconhecimento, de comunhão com o mundo e de expressão do mundo”, como
escreveu Luis Pellegrini no prefácio do Livro “A dança”, que Klauss Vianna
escreveu.
Heitor dos Prazeres (1898-1966), músico e
compositor carioca, foi também pintor. As rodas de samba são um tema constante no seu
trabalho, que mereceu o Prêmio de aquisição da I Bienal de São Paulo, em 1951 e
foi exibido na Bienal de Veneza e no I Festival Mundial de Arte Negra de Dakar.
Os Dançarinos (1987), óleo sobre tela do colombiano Fernando Botero, 92 anos.
Meu
quadro preferido, entretanto, é Le Moulin de la Galette, de Auguste
Renoir (1841-1919). O artista reproduziu uma cena que qualquer pessoa, goste ou
não de dançar, apreciará muito. Casais dançando enquanto as pessoas conversam,
bebem ou apenas escutam a música e observam os pares girando na pista... O
casal junto da árvore – ele distante, ela triste. Os trajes elegantes. Os penteados
caprichados. O reflexo da iluminação no chão. O tempo passou, mas a essência do
quadro permanece atual.
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