Nem
sempre é possível ver tudo o que se deseja durante a visita a uma cidade, mas
desta vez a prioridade era conhecer o Museu Calouste Gulbenkian, que reúne mais
de seis mil peças de arte antiga e moderna. Calouste Gulbenkian (1869-1955)
nasceu Üsküdar (Turquia), numa família armênia abastada; estudou na França (Marselha)
e Inglaterra (Londres), formou-se em engenharia do petróleo, ramo em que atuou
com grande sucesso. Com a fortuna que acumulou formou uma das mais completas
coleções de arte – a sua grande paixão.
Caminhar pelas diversas salas do
museu é um prazer para os olhos. Dizem que foi a beleza dos objetos que induziu
as aquisições de Gulbenkian e as obras abrangem desde a Antiguidade até o
início do século XX. Fácil de se acreditar. Pinturas, esculturas, tapeçaria,
cerâmica, manuscritos, mobiliário, joalheria, numismática... É bom ir sem
pressa para apreciar toda a beleza ali reunida.
O museu, projeto dos arquitetos
Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy de Athouquia, foi aberto em 1969. Um imenso
jardim com lagos envolve o museu. Projeto dos paisagistas Ribeiro Telles e Antônio
Viana Barreto. O anfiteatro situa-se nesse espaço.
Durante
a II Guerra, Gulbenkian mudou para Lisboa, onde se instalou em um hotel com a
família. Gostou tanto do país que resolveu ficar, aliás, permaneceu no mesmo hotel (que não existe mais) até a sua morte em 1955.
O
metrô é a melhor opção para ir ao Museu – descer na estação São Sebastião (linhas
azul e vermelha), saída pela Rua Antônio Augusto de Aguiar e caminhar até a
avenida Berna.
Av. de Berna 45ª.
Mashraba (recipiente para beber): a peça em jade branco tem no gargalo o nome e os títulos do astrônomo Ulugh Beg (1394-1449), cujo trabalho é reconhecido mundialmente pela comunidade científica.
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