A primeira vez
que fui para Atenas, desembarquei no aeroporto às 22h30 e sem reserva de hotel.
Como ainda não fora instalada a Comunidade Europeia, existia toda a burocracia
do controle de passaporte e, portanto, deviam ser umas 23 horas quando fui até
o balcão de informações e a gentil senhorita me entregou um caderno com a relação
de hotéis da cidade e me encaminhou para um ônibus que estava de saída. “Depressa!”
– recomendou. Lá fui eu para não sei onde, pensando no problema do hotel. No
ônibus só funcionários do aeroporto. Inglês? Bem, a única coisa que o motorista
conseguiu me dizer foi: “Lady, money”
– para cobrar a passagem. Chegamos ao que deduzi ser a cidade e os passageiros
foram descendo e, quando o último se levantou, fui atrás porque estávamos numa
avenida muito bonita e eu já sabia que a seria um táxi. Aliás, nem precisei me
preocupar porque ao colocar a mala no chão, já havia um táxi a minha frente. Muita
gesticulação depois ele entendeu que eu queria ir para um hotel e uma chamada
para a central indicou a ele um endereço. Felizmente, um bom hotel.
Lembrei-me dessa situação quando vi que a história ia se repetir – pelo
menos parte dela. Desta vez o voo chegou a Atenas a 1h30 da manhã. Sem
necessidade de controle de passaporte e com reserva de hotel, precisava apenas
de um táxi. Foi um trajeto pela cidade adormecida, acompanhado ao longe pela
lua cheia. Céu estrelado. Uma noite de verão muito bonita. Não muito diferente
de 26 anos atrás quando cheguei a Atenas no início do outono...
Nos dias seguintes descobri que se as noites eram muito agradáveis, os
dias eram tórridos e a primeira coisa que fiz foi comprar um chapéu de palha para
enfrentar o sol tórrido desse verão grego. Dias de céu e mar azuis. Suspiro por nuvens brancas que cobrissem um pouco o sol e eu pudesse caminhar por entre o
casario branquinho; contudo, nada empana a beleza extraordinária desse país.
2 comentários:
Quero ver uma foto do chapéu de palha
Vou providenciar. Beijos.
Postar um comentário