É verdade que Blue Origin não é nenhuma Enterprise e dez minutos não constituem exatamente uma jornada, mas importa que William Shatner teve a grande chance de ir ao espaço como o Capitão Kirk, personagem que ele interpretou nos anos 1960 e, que, surpreendentemente, continua apaixonando novas gerações. "Eu espero nunca me recuperar disso [...]. O que você proporcionou para mim foi a mais importante e profunda experiência", disse a Jeff Bezos, dono da Blue Origin, ao desembarcar. Sem dúvida a empresa fez um ótimo trabalho de marketing para o empreendimento turístico que se destina a pouquíssimas pessoas.
Não sou fã de “Jornada nas Estrelas”; prefiro a saga da família Robinson em “Perdidos no Espaço” (1965-1968). O que impressiona é o fato de que a série criada em meados dos anos 1960 por Gene Roddenberry (1921-1991) teve apenas três temporadas. Muitas coisas eram inovadoras como a tecnologia usada pelos personagens. A tripulação da USS Enterprise era composta por um piloto japonês, um navegador russo, uma oficial de comunicações negra, um engenheiro escocês e um primeiro oficial alienígena (Spock que assombrou Leonard Nimoy pelo resto da carreira).
Com as reprises e o sucesso crescente vieram novas produções tanto para TV como para o cinema; entretanto, isso é dizer pouco sobre a série que gerou livros, quadrinhos, jogos e uma multidão de fãs que se reúne em convenções bastante concorridas ‒ em 2017 houve a primeira no Brasil, realizada em São Paulo.
O elenco original era encabeçado por William Shatner, Leonard Nimoy (1931-2015) e DeForest Kelley (1920-1999), além de George Takei (1937), James Doohan (1920-2005), Walter Koenig (1936), Grace Lee (1930-2015) e Nichelle Nichols (1932) entre outros.
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