Neste dia nacional do livro, leio “LUCIANO CARNEIRO”, organizado por Sérgio Burgi, publicado pelo Instituto Moreira Salles. Luciano Carneiro (1926-1959) foi um jornalista completo: grande fotógrafo e excelente texto. Era aviador e paraquedista (na Guerra da Coreia saltou com as tropas americanas atrás da linha do front). Trabalhou na revista CRUZEIRO de 1948 a 1959. Viajou pelo Brasil fazendo grandes reportagens, mas se destacou como correspondente internacional. Ele morreu em um acidente de avião quando voltava de uma reportagem em Brasília, que ainda não havia sido inaugurada.
Luciano Carneiro tinha apenas 33 anos. O livro reúne 170 imagens e 35 matérias. O jornalista Helio Fernandes (1920-2021) na ocasião escreveu: “Sem fazer um jornalismo de liderança, Luciano fazia, no entanto, um jornalismo de vanguarda [...] Era múltiplo e vários, pois considerava que um bom repórter não era apenas o que sabia escrever e fotografar. Pode-se dizer que Luciano traçou desde cedo o seu destino de repórter e cumpriu-o religiosamente. Luciano gostava de viver, tinha mesmo uma certa pressa de gastar a vida e isso demonstrou fazendo tanto em tão pouco tempo, vivendo em 33 anos mais do que muita gente em 50 ou 60. [...] Teófilo de Andrade [...] disse que, a cada vez que voava, Luciano volta com as mãos cheias de estrelas. E como voou muito, como durante muito tempo não fez praticamente outra coisa, suas mãos já transbordavam, as estrelas se faziam visíveis, se acumulavam, eram incontáveis”. Estou gostando muito.
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