Sempre relacionei pin
up a um modismo surgido durante a II Guerra Mundial (1939-1945), em decorrência da
mania dos soldados americanos de pendurar (pin up) nas paredes dos alojamentos desenhos
ou fotos de garotas e atrizes sensuais, geralmente recortados de revistas e
calendários. Aprendi recentemente que o termo existe desde a década de 1890, época em que as pessoas
usavam ilustrações de jornais, revistas, postais, litografias para decorar os ambientes. Em algum momento as imagens ficaram mais eróticas ‒ as moças tinham
corpos atraentes que exibiam em poses sugestivas. Artistas especializaram-se em
desenhar essas garotas, que mexiam com o imaginário masculino.
O termo pin up se popularizou durante a II Guerra, quando a indústria cinematográfica percebeu a mania dos soldados e passou a produzir fotos de artistas de cinema publicadas inclusive pela revista YANK do Exército Americano. As atrizes escolhidas eram chamadas de “pin ups”. Betty Grable (1916-1973), Rita Hayworth (1918-1987), Betty Page (1923-2008), Linda Darnell (1923-1965), Lauren Bacall (1924-2014) e Marilyn Monroe (1926-1962) alinham-se entre as mais famosas. Nesse mundo de pin up, Alberto Vargas (1896-1982), Duane Bryers (1911-2012) e Gil Elvgren (1914-1980) são alguns dos ilustradores mais famosos; contudo nele brilhou também Zoe Mozert (1907-1993). A moça não só fazia ótimas ilustrações como também era modelo.
Vargas era peruano, mas foi Duane Bryers, entretanto, que me chamou atenção porque criou um personagem diferente, que desenhou por anos a fio ‒ na verdade por 36 anos, sempre com sucesso. Trata-se de uma pin up fora dos padrões tradicionais ‒ gordinha, meio desajeitada e adora andar com pouca roupa. A personagem tem até nome: chama-se Hilda (ao lado) e surgiu na década de 1950. Abaixo a partir da esquerda Adele Jergens (1917-2002), Ingrid Bergman e Lauren Bacall.
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