terça-feira, 6 de setembro de 2022

DONA LEOPOLDINA


Sessão do Conselho de Estado” – óleo sobre tela de Georgina de Albuquerque (1885-1962), pintora paulista (Taubaté). O quadro mostra a princesa Leopoldina, na função de regente nomeada por D. Pedro com os despachos da Corte que exigiam o retorno de D. Pedro a Portugal e determinavam o restabelecimento do status colonial no Brasil. Compõem a cena José Bonifácio, de pé diante dela, Martim Francisco (sentado), Clemente Pereira (atrás de Martim Francisco) e Montenegro, Manoel Farinha, Lucas Obes e Luís Pereira da Nóbrega. A obra foi executada para as comemorações do centenário da Independência. Acervo: Museu Histórico Nacional (Praça Marechal Âncora, RJ).

Nos 200 anos da Independência do Brasil, uma homenagem à mulher por trás do trono: Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda (1797-1926), a arquiduquesa da Áustria, que atravessou o Atlântico para se casar no Brasil com o príncipe português Pedro. Ela foi mais que esposa. Culta e inteligente, teve papel político importante e a confiança do segundo homem mais poderoso do Brasil: José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1829). Antes de partir para Santos no dia 13 de agosto de 1822, D. Pedro nomeou Leopoldina chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com poderes legais para governar o país durante a sua ausência. Em setembro em meio à crise, Paulo Bregaro, oficial do Supremo Tribunal Militar, na condição de correio-real, partiu do Rio de Janeiro com a missão de entregar três cartas a D. Pedro. Uma delas era de Leopoldina incentivando o marido a dar o passo decisivo para a independência do Brasil. As outras duas eram de José Bonifácio e de Antônio Carlos (1773-1845), que se encontrava em Lisboa. Bregaro encontrou o príncipe no alto do Ipiranga de volta para o Rio. 

(Foi nessa viagem, que o príncipe conheceu Domitila.)


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