Eu era criança quando Elizabeth Alexandra Mary subiu ao trono da Inglaterra, Reino Unido, e por muitas décadas guardei a revista O CRUZEIRO. Como criança devo ter me encantado com a figura da realeza, mas como adulta, foi a personalidade dela que me chamou atenção. Nascer rei ou herdar uma coroa é uma armadilha tanto para o monarca quanto para o povo (no caso da Inglaterra, o rei reina, mas não governa). Se o herdeiro tem outros interesses na vida, terá que abdicar deles para assumir esse poder (fictício no caso específico). Elizabeth viveu o paradoxo de ser mãe de família e rainha, mas por sorte achou um príncipe encantado, pois além de bonito, Philip entendeu e assumiu com elegância o papel secundário. Elizabeth cuidou dos filhos e da Coroa. E como em toda família, enfrentou vários problemas, desavenças e momentos desagradáveis que ela soube enfrentar... Quando eventualmente passava os olhos pelo noticiário sobre ela, apreciava a sobriedade. No fundo, foi uma funcionária pública exemplar que exerceu com nobreza seus deveres até os 96 anos. Nada de aposentadoria compulsória. Nos últimos anos, admirei a elegância: a ousadia das cores das roupas e dos chapéus. Enfim, reis ou plebeus, ninguém escapa desse encontro final. Elizabeth II, Regina (1926-2022), foi uma figura emblemática. Será sempre a Rainha.
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