PAÇO IMPERIAL: 275 ANOS.
Sábado próximo não é aniversário de fundação do Rio de Janeiro,
mas dia do santo padroeiro da cidade que o carioca comemora também com feriado.
Uma das construções mais antigas do Rio de Janeiro é o Paço, casa de governo
que ficou pronta em 1743. O local escolhido foi o Largo do Polé (Praça XV). O projeto
original de autoria do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alboim
tinha apenas um andar e a entrada principal era voltada para a praia de Nossa Senhora
do Ó; a face norte abria-se para o chafariz e os fundos davam para a Casa da
Câmara e Cadeia (substituída pelo Palácio Tiradentes, sede da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro). Em 1790, quando o conde de Rezende, almirante José
Luís de Castro, quinto vice-rei do Brasil, chegou ao Rio, mandou construir o
segundo andar do Paço. Com a obra concluída o palácio (um nome enganador) ganhou 125 janelas!
Com a chegada da família imperial em 1808, o modesto Paço tornou-se sede
do governo português, ganhou uma sala do trono e outra para a cerimônia do
beija mão. Em abril de 1821, D. João VI retornou a Portugal deixando no Brasil
como regente o filho D. Pedro – que meses depois, ali no Paço, proferiu o
discurso que marcou o futuro da nação: "Se é para o bem de todos e
felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Ficou, deu a
independência ao Brasil e continuou no mesmo endereço que desde então se tornou
o Paço Imperial. No Paço, funciona, atualmente, um Centro Cultural que promove
exposições de arte, mantém a Biblioteca Paulo Santos, livraria e loja.
Entrada gratuita.
(Adaptação de texto original de novembro de 2015. Fotos: Hilda Prado Araújo)
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