terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PAÇO IMPERIAL: 275 ANOS.
Sábado próximo não é aniversário de fundação do Rio de Janeiro, mas dia do santo padroeiro da cidade que o carioca comemora também com feriado. Uma das construções mais antigas do Rio de Janeiro é o Paço, casa de governo que ficou pronta em 1743. O local escolhido foi o Largo do Polé (Praça XV). O projeto original de autoria do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alboim tinha apenas um andar e a entrada principal era voltada para a praia de Nossa Senhora do Ó; a face norte abria-se para o chafariz e os fundos davam para a Casa da Câmara e Cadeia (substituída pelo Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Em 1790, quando o conde de Rezende, almirante José Luís de Castro, quinto vice-rei do Brasil, chegou ao Rio, mandou construir o segundo andar do Paço. Com a obra concluída o palácio (um nome enganador) ganhou 125 janelas!

Com a chegada da família imperial em 1808, o modesto Paço tornou-se sede do governo português, ganhou uma sala do trono e outra para a cerimônia do beija mão. Em abril de 1821, D. João VI retornou a Portugal deixando no Brasil como regente o filho D. Pedro – que meses depois, ali no Paço, proferiu o discurso que marcou o futuro da nação: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Ficou, deu a independência ao Brasil e continuou no mesmo endereço que desde então se tornou o Paço Imperial. No Paço, funciona, atualmente, um Centro Cultural que promove exposições de arte, mantém a Biblioteca Paulo Santos, livraria e loja. Entrada gratuita.
(Adaptação de texto original de novembro de 2015. Fotos: Hilda Prado Araújo)

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