Uma amiga santista
costuma dizer que vir a São Paulo e não passar pela Avenida Paulista é como se
não tivesse vindo à Capital. Uns amam, outros (como eu) nem tanto. Dos seus
primórdios, 126 anos atrás, sobraram menos de dez edificações, que ainda
brilham em meio ao gosto duvidoso dos prédios monumentais que se enfileiram ao
longo de pouco mais de 2,5 km de extensão, entre o começo na Praça Oswaldo Cruz
e o final na Praça Marechal Cordeiro de Farias. Os casarões da economia
cafeeira foram substituídos pelos edifícios da era dos grandes bancos da
economia globalizada. Uma amiga santista
costuma dizer que vir a São Paulo e não passar pela Avenida Paulista é como se
não tivesse vindo à Capital. Uns amam, outros (como eu) nem tanto. Dos seus
primórdios, 126 anos atrás, sobraram menos de dez edificações, que ainda
brilham em meio ao gosto duvidoso dos prédios monumentais que se enfileiram ao
longo de pouco mais de 2,5 km de extensão, entre o começo na Praça Oswaldo Cruz
e o final na Praça Marechal Cordeiro de Farias. Os casarões da economia
cafeeira foram substituídos pelos edifícios da era dos grandes bancos da
economia globalizada.
Casa das Uvaias: arte? |
Do início do
século passado restaram a Casa das Rosas ‒ Espaço Cultural Haroldo de Campos
(nº 37), um projeto do arquiteto Felisberto Ranzinni, de 1935; a Escola
Estadual Rodrigues Alves (nº 227), projeto de 1909 de Ramos de Azevedo;
Instituto Pasteur (nº 393), prédio inaugurado em 1904, projeto original do
arquiteto Carlos Milanese; o casarão branco (nº 709) onde funciona uma agência
bancária; a Casa das Uvaias, casarão Joaquim Eugênio de Lima (nº 1811),
também agência bancária; e a residência Joaquim Franco de Melo (nº 1919), de 1905,
em estado lamentável.
Mas nem tudo
está perdido, porque aos poucos a Avenida Paulista vem se transformando num
polo cultural importante de São Paulo. Uma caminhada despreocupada mostra que,
além de trabalho, ela oferece uma variedade imensa de atrações de acesso fácil
e muitas gratuitas.
Pode-se iniciar o passeio
pelo lado direito (par) da Paulista, retornando pelo lado oposto.
JAPAN HOUSE (nº 52). Espaço multimídia inaugurado em 2016. Entrada gratuita.
CAPELA SANTA CATARINA (nº 110).
CAPELA SANTA CATARINA (nº 110).
HOSPITAL SANTA CATARINA (nº 200). Fundado em 1906.
EDIFÍCIO GAZETA
(nº 900), com a torre da Rádio e TV Gazeta, com 85m de altura, é um dos marcos
da avenida. Famosa também é a escadaria de 32 degraus. O prédio é de 1966. Propriedade
da Fundação Cásper Líbero.
MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO – MASP (nº 1578). Arquiteta Lina Bo Bardi, 1954. No vão do
MASP, aos domingos há uma feira de antiguidades. Durante a semana pode haver
algum tipo de manifestação. Entrada paga.
IGREJA SÃO LUÍS GONZAGA (nº 2378). Arquiteto Luis Anhaia Mello, 1935.
INSTITUTO MOREIRA SALLES (2424). Projeto Andrade Morettin Arquitetos, inaugurado em 2017.
IGREJA SÃO LUÍS GONZAGA (nº 2378). Arquiteto Luis Anhaia Mello, 1935.
INSTITUTO MOREIRA SALLES (2424). Projeto Andrade Morettin Arquitetos, inaugurado em 2017.
EDIFÍCIO ANCHIETA (nº 2584), 1941. Projeto do Escritório MMM Roberto. Em 1949 foi
inaugurado o RIVIERA, um salão de chá que se transformou em um bar com uma
história e tanto. Parece que há alguns anos tornou-se restaurante.
A esquina com a Rua
Consolação oferece uma bonita vista da avenida. É a vez do lado ímpar, onde o
caminhante encontrará mais atrações. Começando pelo Conjunto Nacional (2073),
que tem assinatura do Arquiteto David Libeskind, 1956. A Livraria Cultura está
no endereço desde 1969.
Parque Siqueira Campos em frente ao MASP. Paisagista Paul Villon, 1892. O endereço do Trianon (como é conhecido) é Rua Peixoto Gomide, 949.
Parque Prefeito Mário Covas (nº 1853).
Centro Cultural FIESP (nº 1313).
Clube HOMS (nº
735), entidade da comunidade síria com 98 anos de existência e instalada na Avenida
desde 1945.
Edifício Barão de Ouro Branco (nº 575). Anos 1960. Livraria Martins Fontes.
Centro Cultural Itaú (nº 149).
SESC Avenida Paulista (nº 119), que desde a abertura em maio passado se
tornou uma grande atração, principalmente, por causa do mirante.
Confluência com a Rua Consolação. |
CONTINUA.
2 comentários:
Fantásticos os textos sobre a avenida Paulista. Por que você não posta também no Face? Beijos.
Obrigada, Nilton. Vou providenciar amanhã. Abração
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