domingo, 3 de junho de 2018

AVENIDA PAULISTA

Uma amiga santista costuma dizer que vir a São Paulo e não passar pela Avenida Paulista é como se não tivesse vindo à Capital. Uns amam, outros (como eu) nem tanto. Dos seus primórdios, 126 anos atrás, sobraram menos de dez edificações, que ainda brilham em meio ao gosto duvidoso dos prédios monumentais que se enfileiram ao longo de pouco mais de 2,5 km de extensão, entre o começo na Praça Oswaldo Cruz e o final na Praça Marechal Cordeiro de Farias. Os casarões da economia cafeeira foram substituídos pelos edifícios da era dos grandes bancos da economia globalizada.Uma amiga santista costuma dizer que vir a São Paulo e não passar pela Avenida Paulista é como se não tivesse vindo à Capital. Uns amam, outros (como eu) nem tanto. Dos seus primórdios, 126 anos atrás, sobraram menos de dez edificações, que ainda brilham em meio ao gosto duvidoso dos prédios monumentais que se enfileiram ao longo de pouco mais de 2,5 km de extensão, entre o começo na Praça Oswaldo Cruz e o final na Praça Marechal Cordeiro de Farias. Os casarões da economia cafeeira foram substituídos pelos edifícios da era dos grandes bancos da economia globalizada.
Casa das Uvaias: arte?
Do início do século passado restaram a Casa das Rosas ‒ Espaço Cultural Haroldo de Campos (nº 37), um projeto do arquiteto Felisberto Ranzinni, de 1935; a Escola Estadual Rodrigues Alves (nº 227), projeto de 1909 de Ramos de Azevedo; Instituto Pasteur (nº 393), prédio inaugurado em 1904, projeto original do arquiteto Carlos Milanese; o casarão branco (nº 709) onde funciona uma agência bancária; a Casa das Uvaias,  casarão Joaquim Eugênio de Lima (nº 1811), também agência bancária; e a residência Joaquim Franco de Melo (nº 1919), de 1905, em estado lamentável.
Mas nem tudo está perdido, porque aos poucos a Avenida Paulista vem se transformando num polo cultural importante de São Paulo. Uma caminhada despreocupada mostra que, além de trabalho, ela oferece uma variedade imensa de atrações de acesso fácil e muitas gratuitas.
Pode-se iniciar o passeio pelo lado direito (par) da Paulista, retornando pelo lado oposto.


JAPAN HOUSE (nº 52). Espaço multimídia inaugurado em 2016. Entrada gratuita.
CAPELA SANTA CATARINA (nº 110).
HOSPITAL SANTA CATARINA (nº 200). Fundado em 1906. 
EDIFÍCIO GAZETA (nº 900), com a torre da Rádio e TV Gazeta, com 85m de altura, é um dos marcos da avenida. Famosa também é a escadaria de 32 degraus. O prédio é de 1966. Propriedade da Fundação Cásper Líbero.
MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO – MASP (nº 1578). Arquiteta Lina Bo Bardi, 1954. No vão do MASP, aos domingos há uma feira de antiguidades. Durante a semana pode haver algum tipo de manifestação. Entrada paga. 
IGREJA SÃO LUÍS GONZAGA (nº 2378). Arquiteto Luis Anhaia Mello, 1935.
INSTITUTO MOREIRA SALLES (2424). Projeto Andrade Morettin Arquitetos, inaugurado em 2017.
EDIFÍCIO ANCHIETA (nº 2584), 1941. Projeto do Escritório MMM Roberto. Em 1949 foi inaugurado o RIVIERA, um salão de chá que se transformou em um bar com uma história e tanto. Parece que há alguns anos tornou-se restaurante.

Nem precisa dizer: Edifício da FIESP.
A esquina com a Rua Consolação oferece uma bonita vista da avenida. É a vez do lado ímpar, onde o caminhante encontrará mais atrações. Começando pelo Conjunto Nacional (2073), que tem assinatura do Arquiteto David Libeskind, 1956. A Livraria Cultura está no endereço desde 1969.
Parque Siqueira Campos em frente ao MASP. Paisagista Paul Villon, 1892. O endereço do Trianon (como é conhecido) é Rua Peixoto Gomide, 949.
Parque Prefeito Mário Covas (nº 1853).
Centro Cultural FIESP (nº 1313).
Clube HOMS (nº 735), entidade da comunidade síria com 98 anos de existência e instalada na Avenida desde 1945.
Edifício Barão de Ouro Branco (nº 575). Anos 1960. Livraria Martins Fontes.
Centro Cultural Itaú (nº 149).
SESC Avenida Paulista (nº 119), que desde a abertura em maio passado se tornou uma grande atração, principalmente, por causa do mirante.
Confluência com a Rua Consolação.
CONTINUA.

2 comentários:

Nilton Tuna disse...

Fantásticos os textos sobre a avenida Paulista. Por que você não posta também no Face? Beijos.

Hilda Araújo disse...

Obrigada, Nilton. Vou providenciar amanhã. Abração