A Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo foi fundada em 1934.
Nasceu com um corpo docente de primeiro mundo, mas sem teto. Assim, a missão
francesa formada pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss,o historiador Roger Bastide,
o cientista político Paul Arbousse, o filósofo Jean Mauqüé deram aulas nos
prédios da Faculdade de Medicina e da Escola Politécnica que, gentilmente,
abriram espaço para a nova Faculdade, a celula
mater da recém-criada Universidade de São Paulo.
Palacete Jorge Street. |
Sem um local em que
pudesse reunir todos os departamentos, no segundo semestre de 1937, começaram
as mudanças de um prédio para outro até que, enfim, a Faculdade de Filosofia
conseguiu funcionar adequadamente com sua estrutura integral no histórico
edifício da Rua Maria Antônia, 258, Vila Buarque.
Um dos endereços famosos da
FFLCH foi o Palacete Jorge Street, na esquina da Alameda Glete com a Rua
Guianases, nos Campos
Elíseos. Ali foi instalada a seção de Historia Natural, que
incluía Biologia, Botânica, Mineralogia, Paleontologia e Zoologia.
Tudo isso para contar que o Palacete Jorge Street já foi derrubado
há muito tempo para dar espaço para mais um estacionamento e ninguém por ali se
lembra desses acontecimentos. Há, entretanto, uma testemunha muda: a frondosa
figueira que se debruça, preguiçosamente, para a calçada da Rua Guaianazes.
A figueira da Glete é a menina dos olhos da professora aposentada Dona Neuza de Carvalho Guerreiro, que se formou em Biologia nos tempos em que o departamento de Historia Natural da FFLCH ainda era no palacete. Preocupada com o destino da árvore, vez por outra ela vai até lá ver como estão tratando aquele gigante verde que se agita apenas quando os ventos sopram com mais força e ouve-se, então, o murmúrio de suas folhas.
A figueira da Glete é a menina dos olhos da professora aposentada Dona Neuza de Carvalho Guerreiro, que se formou em Biologia nos tempos em que o departamento de Historia Natural da FFLCH ainda era no palacete. Preocupada com o destino da árvore, vez por outra ela vai até lá ver como estão tratando aquele gigante verde que se agita apenas quando os ventos sopram com mais força e ouve-se, então, o murmúrio de suas folhas.
Uma placa identifica a árvore e informa o “Tombamento pelo Processo Administrativo nº 2004-0.059.033-2 de 26 de dezembro de 2007”. Todos
esperam que a figueira seja preservada e devidamente respeitada. Na última
visita, Dona Neusa de Carvalho Guerreiro ficou muito triste ao ver a figueira
transformada em depósito de lixo. Ontem, o lixo que havia estava junto ao muro e escondido pelos veículos.
Um comentário:
aa por me entender e ajudar com o problema da Figueira. Continuo trabalhando pelo reconhecimento da Figueira como referencia à Universidade de São Paulo. Esta semana estarei dando mais alguns passos.
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