
Não tenho ideia do motivo
de ter me lembrado de Neil Sedaka (1939), pianista, cantor e compositor
americano que arrasou corações de garotinhas bem comportadas com suas músicas
açucaradas, na contramão do rock de Elvis Presley & Cia., que deixava os
pais preocupados. Sedaka à beira dos 80 anos é bem mais interessante do que aos
20 – sem graça, sem voz e nada elegante, mas um garoto que os pais adorariam
receber nas festinhas de suas pimpolhas. Num vídeo de 1959 assisto a uma
apresentação dele, um rapaz tímido, quase imberbe, com um rosto comum. E viva o
YouTube! Outro vídeo mostra um público entusiasmado aplaudindo e cantando com
Sedaka: é de 2017 em “Live at the
Royal Albert Hall” em Londres. Ainda parece tímido, porém, um pouco mais à
vontade, todo de azul, sorridente como sempre e feliz. Em fevereiro próximo
estará em Las Vegas. Realmente, Carol, ele não era um rapaz tolo. É casado (não
com a Carol da música) há 53 anos, tem dois filhos e três netos. Daqueles
tempos ingênuos gosto de “Stupid Cupid”
(1958) cuja versão de Fred Jorge (1928-1994) foi gravada em 1959 por Cely
Campelo (1942-2003), recordo bem de “Oh
Carol” que Carlos Gonzaga (1924) gravou. A versão também é de Fred Jorge.
Quando os tempos mudaram, Neil Sedaka prosseguiu compondo para grandes cantores
e fazendo trilhas sonoras.
Outro nome da época é Paul Anka
(1941). O canal A&E exibiu há alguns anos a apresentação de Paul Anka
no Festival Internacional da Canção de Viña del Mar (Chile) em 2010. Nada
excepcional: um bom show, com o profissionalismo que se espera de um evento
internacional. Para as pessoas maiores de sessenta anos foi a oportunidade de
ver ou rever um cantor/compositor que ajudou a embalar os sonhos das
adolescentes que se divertiam com o rock açucarado que ele também
fazia.

Paul
Anka também teve bons momentos. E, principalmente, percebeu as qualidades da
composição francesa chamada “Comme D'Habitude” (Gilles Thibault
Jacques Revaux e Claude François). Comprou os direitos para língua inglesa,
adaptou a letra e ofereceu para Frank Sinatra que tornou “My Way” um sucesso quase
insuperável. Até Elvis Presley gravou.
Várias
músicas do repertório de Sinatra têm a assinatura de Paul Anka. E entre uma
canção e outra no festival chileno, ele foi enumerando os astros para os quais
compôs. Um programa para recordar momentos agradáveis da juventude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário