quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O RIO DE JANEIRO E OS FRANCESES


 Os cariocas também têm um feriado em pleno verão: comemoram no dia 20 de janeiro o seu santo padroeiro, São Sebastião (?-286)*. São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada em 1º de março de 1565, quando os franceses ainda lutavam para se manter na região. A vitória dos portugueses só aconteceria dois anos depois. O vilarejo, que começou no antigo morro do Castelo, demolido em 1922, demorou a se desenvolver, mas na segunda metade do século XVII já era a vila mais povoada da colônia. Em 1763 o marquês de Pombal (1699-1782) transferiu de Salvador para o Rio de Janeiro a capital da colônia.  
Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro


 

Novamente, os franceses interferiram no destino do Rio de Janeiro. Quando as tropas de Napoleão Bonaparte ameaçavam invadir Portugal, a família real transferiu-se de armas e bagagens para o Brasil, território português, com certeza. Assim, de uma hora para outra o Rio de Janeiro era a sede do governo português, assistiu de camarote às aventuras e intrigas da família real – desde o enterro da rainha Dona Maria, a coroação de um rei e mais tarde de dois imperadores, um deles brasileiro. Quando a nobreza caiu e saiu de moda não houve grandes comoções – o carioca já tinha visto muita história rolar em sua cidade maravilhosa.
*Em tempo: São Sebastião nasceu em Narbonne, sul da França. Foto: Hilda Araújo, 2015. Quando a família real voltou para Portugal em 1821, os restos mortais da rainha foram transladados para Lisboa. 

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