A empresa canadense, popularmente conhecida
como LIGHT*,
comprou a área do Teatro São José destruído em um incêndio para construir a
sede e centralizar a administração. O projeto é dos arquitetos norte-americanos
Preston & Curtis, enquanto a obra foi realizada entre 1926 e 1929 pela
SEVERO, VILLARES & CIA. LTDA., com a participação do Liceu de Artes e
Ofícios de São Paulo. Em homenagem ao presidente da empresa o prédio em estilo
eclético ganhou o nome de ALEXANDRE MACKENZIE.
Em 1941 ele foi ampliado. No final da década de 1970 a
empresa foi estatizada pelo governo federal; na década seguinte o governo do
Estado de São Paulo comprou a parte paulista e criou a Eletropaulo** e o prédio
passou para o Estado. Em 1984 foi tombado pelo CONDEPHAAT como monumento de interesse arquitetônico e, após restauro, desde
1999 é o endereço do Shopping Light. O edifício ALEXANDRE MACKENZIE tem 29.720
metros quadrados, 50 metros de altura e nove andares. Embora o endereço do prédio não seja a praça, ele é um referencial.
Rua Coronel Xavier de Toledo,
23.
Aos poucos a região foi mudando com o impulso dado pela Rua Barão de
Itapetininga. Ao lado do teatro foi erguido o Edifício Glória (1928) reforçando
a elegância à praça. Na década de 1930, o Ba nco do
Estado de São Paulo (BANESPA) mandou construir a sede no terreno em frente ao
Theatro Municipal, mas a administração do banco mudou de ideia. Preferiu
manter-se na região do triângulo (Centro Velho) e trocou o prédio novo (bem
feioso, por sinal) pelo palacete da Travessa do Rosário que pertencera a João Brícola (1853-1914),
tesoureiro (ou contador) da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e que ao
morrer deixou seus bens para a instituição.
Até hoje o prédio ‒, projeto do arquiteto
Elisário Bahiana (1891-1980)‒, pertence
à Santa Casa de São Paulo que homenageou João Brícola
dando o nome dele à propriedade. Quando ficou
pronto em 1939, o Mappin (Casa Anglo-brasileira) instalou-se no EDIFÍCIO JOÃO BRÍCOLA, que acabou se
tornando o novo endereço elegante em São Paulo. Este foi o terceiro endereço do
Mappin; fundado em 1913, já era uma casa tradicional. Além de vender objetos do
desejo dos ricos, o Mappin abriu um refinado salão de chá que esvaziou a
Confeitaria Vienense. Ali, a loja fez história e permaneceu até setembro de
1999, quando faliu. Do Mappin sobrou o relógio. O relógio, que marcou os tempos
que não voltam, foi obra da empresa familiar Vitaliano
Michelini (1908-1969), especializada em fazer relógios grandes para espaços
públicos como igrejas e ferrovias. Continua firme a ajudar o paulistano
do século XXI a não se atrasar para os compromissos.
Em 1938 o Viaduto do Chá não suportava mais o trânsito intenso da área e foi demolido para a construção do atual em concreto armado e com o dobro da largura do original.
Em 1938 o Viaduto do Chá não suportava mais o trânsito intenso da área e foi demolido para a construção do atual em concreto armado e com o dobro da largura do original.
O nome da Praça Ramos de Azevedo foi oficializado pela Lei nº 3.205, de 26 de julho de 1928.
Fotos: Hilda Araújo.
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