Ele é o senhor do vale desde 1954, quando foi inaugurado. Bom,
pelo menos é o que o nome dele significa: Jaraguá. O Grupo O Estado de S. Paulo (o jornal, a rádio e o estúdio Eldorado)
dividiu por anos o prédio com o Hotel Jaraguá: enquanto o jornal se instalou
nos oito primeiros andares, os 15 restantes foram ocupados pelo Hotel Jaraguá,
do empresário José Tjurs, argentino radicado no Brasil. O Hotel Jaraguá (164
apartamentos e 22 suítes de luxo) logo se tornou famoso, pois no mesmo ano foi
palco do I Festival Internacional de Cinema. Se você tem mais de 60 anos, vai
entender o que representava hospedar Edward G. Robinson, Erich Von Stroheim,
Walter Pidgeon. Isso foi só o começo. Lá dormiram a rainha Elizabeth II, Robert
Kennedy e Yuri Gagarin; artistas tão expressivos como Federico Fellini, Ella
Fitzgerald, Edit Piaf e Mick Jagger. E muito mais artistas, muito mais.
Entretanto, os tempos mudaram e após duas décadas difíceis, fechou em 1998, mas
foi comprado e reformado para ser novamente um grande hotel. Desde 2004 passou
a ser administrado pelo Accor Hotels e chama-se Novotel Jaraguá São Paulo
Conventions, ocupa os 23 andares e dispõe de 415 apartamentos, estrutura para
eventos, teatro, academia, dois restaurantes e um bar. Destaques do prédio: o
painel de Di Cavalcanti e o mural de Clóvis Graciano. Projeto do arquiteto alemão Franz Heep
(1902-1978) que atuou em São Paulo entre 1950 1960. O relógio continua marcando o tempo do paulistano.
Rua Martins Fontes, 71.
O HOMÔNIMO: O outro Edifício Jaraguá, na Rua Barão de Itapetininga,
93, foi um dos muitos projetos do escritório Pilon & Matarazzo Ltda., em São
Paulo. Simples e elegante, o prédio de doze andares é de 1939.
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