sábado, 16 de novembro de 2019

ESTE É O SENHOR DO VALE



Ele é o senhor do vale desde 1954, quando foi inaugurado. Bom, pelo menos é o que o nome dele significa: Jaraguá. O Grupo O Estado de S. Paulo (o jornal, a rádio e o estúdio Eldorado) dividiu por anos o prédio com o Hotel Jaraguá: enquanto o jornal se instalou nos oito primeiros andares, os 15 restantes foram ocupados pelo Hotel Jaraguá, do empresário José Tjurs, argentino radicado no Brasil. O Hotel Jaraguá (164 apartamentos e 22 suítes de luxo) logo se tornou famoso, pois no mesmo ano foi palco do I Festival Internacional de Cinema. Se você tem mais de 60 anos, vai entender o que representava hospedar Edward G. Robinson, Erich Von Stroheim, Walter Pidgeon. Isso foi só o começo. Lá dormiram a rainha Elizabeth II, Robert Kennedy e Yuri Gagarin; artistas tão expressivos como Federico Fellini, Ella Fitzgerald, Edit Piaf e Mick Jagger. E muito mais artistas, muito mais. Entretanto, os tempos mudaram e após duas décadas difíceis, fechou em 1998, mas foi comprado e reformado para ser novamente um grande hotel. Desde 2004 passou a ser administrado pelo Accor Hotels e chama-se Novotel Jaraguá São Paulo Conventions, ocupa os 23 andares e dispõe de 415 apartamentos, estrutura para eventos, teatro, academia, dois restaurantes e um bar. Destaques do prédio: o painel de Di Cavalcanti e o mural de Clóvis Graciano. Projeto do arquiteto alemão Franz Heep (1902-1978) que atuou em São Paulo entre 1950 1960. O relógio continua marcando o tempo do paulistano. 
 Rua Martins Fontes, 71.
Painel de Di Cavalcanti na fachada do hotel. 




O HOMÔNIMO: O outro Edifício Jaraguá, na Rua Barão de Itapetininga, 93, foi um dos muitos projetos do escritório Pilon & Matarazzo Ltda., em São Paulo. Simples e elegante, o prédio de doze andares é de 1939. 

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