sexta-feira, 26 de junho de 2020

À PROCURA DO QUE FAZER


“Numb3rs” (2005-2010) foi uma das boas séries de TV e teve entre os produtores executivos Ridley Scott (1937), que dirigiu “Alien” e “Blade Runner”. Em um dos episódios o personagem de Dylan Bruno, durante uma investigação sobre o desaparecimento de uma mulher ao ver a foto dela se apaixona. Muito tempo depois, assistia a um episódio da série “NCSI” (2003) quando a história me surpreendeu: o personagem de Michael Wealthearly investiga o desaparecimento de uma mulher e ao ver o retrato dela se apaixona. Tinha certeza de já ter visto esta história antes, mas por muito tempo não lembrei onde.
        Aproveito os dias de isolamento social para assistir a clássicos do cinema e recentemente escolhi “Laura” (1944), filme noir dirigido por Otto Preminger, estrelado por Gene Tierney e Dana Andrews. O filme, que é muito bom, trata do assassinato da executiva de uma agência de publicidade, e o detetive encarregado do caso sente-se atraído pela vítima ao ver um retrato dela... Ah! Pensei com meus botões, eis aí a origem da “inspiração” dos roteiros das duas séries ‒ “Laura”.

        Identificada a origem da história, me chamou atenção o fato de que o personagem de Michael Weathearly, um cinéfilo que vive citando filmes o tempo todo, dessa vez tenha esquecido de se referir a “Laura”.
       Além de refilmagens, diretores de cinema costumam usar cenas de clássicos e muitas se tornaram clichês; sem contar as “homenagens” a grandes diretores que acabam virando plágio (minha opinião).
        Tudo isso para dizer que o filme de Preminger foi indicado para o Oscar em cinco categorias e ganhou o de melhor filme em 1945. 
Fotos: Dylan (esquerda) e Weathearly (direita). Wikipedia. 
 

2 comentários:

Nilton Tuna disse...

Laura é um clássico, sem dúvida. e Gene Tierney era belíssima. se bem me lembro teve uma história pessoal bem dramática também. Beijos. Parabéns.

Hilda Araújo disse...

Bom dia, Nilton. Obrigada. Gene Tierney foi a protagonista de uma comédia deliciosa dirigida em 1947 por Joseph L. Mankiewicz: "O Fantasma Apaixonado" (The Ghost and Mrs. Muir). A vida pessoal foi complicada. Beijos.