sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O JARDIM DA FRANÇA

A literatura e o cinema são os principais responsáveis pelo romantismo atribuído aos castelos e palácios espalhados pelo mundo. Na minha infância, os livros da coleção “Os mais belos contos de fadas”, com toda sorte de príncipes e princesas, reis e rainhas, estavam entre os meus preferidos. No século XX, o cinema colocou mais glamour às imagens formadas em nosso imaginário.

        A popularização do turismo possibilitou que as pessoas (românticas ou não) de todo mundo materializassem esses ambientes de sonho visitando as construções remanescentes pelo mundo afora, especialmente na Europa. Só o vale do rio Loire, na França, recebe cerca de quatro milhões de visitantes por ano, que se espalham pelos 150 palácios da região. (Os números variam de acordo com quem você conversa.) Apenas dois pertencem ao Estado.

Muito antes dos romanos já se construíam castelos, que têm finalidade de defesa e também de moradia, mas foi a partir do século XV que a arquitetura e o interior desses edifícios começaram a receber um tratamento mais elaborado e refinado.  O vale do Loire é uma vitrine de estilos arquitetônicos e da vaidade dos reis franceses que se instalaram por lá a partir do século XVII, final do período Renascentista, transformando o vale no Jardim da França. 

As cidades e vilarejos em que eles estão situados são uma atração à parte porque proporcionam ao visitante uma verdadeira viagem ao tempo com suas ruelas e casas antigas, como Amboise, Azay le Rideau, Blois, Chambord, Orleans e Villandry.  Sem esquecer que é uma importante região vinícola com uma paisagem belíssima. O Vale faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Relembro o passeio porque começou o Tour de France, corrida ciclística anual de estrada, sempre uma ótima oportunidade para rever a França. 

Amigas trocam confidências à margem do rio Loire, cidade de Tours. 

FOTOS: Hilda Araújo, 2012.

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