sábado, 12 de setembro de 2020

"IN TABERNA QUANDO SUMUS". ENFIM, É SÁBADO.

“CARMINA BURANA”, de Carl Orff (1892-1982).


Beber sempre com moderação. 


Esquerda: "Baco" (1595), de Caravaggio (1571-1610). Galeria Uffizi, Florença. 

Direita: Eduard Theodor Ritter von Grützner (1846 - 1925). 

"O absinto" (1876), de Edgar Degas. Museu d’Orsay, Paris.

A midnight modern conversation”, do inglês William Hogarth (1697-1764).



"O triunfo de Baco" (1629), de Diego Velasquez. Museu do Prado.

Procurei uma tradução deste poema (um dos 24 musicalizados por Orff) e esta me pareceu a melhor, mas não encontrei o autor da tradução.  

IN TABERNA QUANDO SUMUS 

Quando estamos na taberna
Não pensamos na morte
Corremos a jogar
O que nos faz sempre suar
O que se passa na taberna
Onde o dinheiro é hospedeiro
Podeis querer saber
Escutai pois o que eu digo
Uns jogam, uns bebem
Uns vivem licenciosamente
Mas dos que jogam
Uns ficam em pêlo
Uns ganham aqui suas roupas

Uns se vestem com sacos
Aqui ninguém teme a morte
Mas todos jogam por Baco
Primeiro ao mercador de vinho
É que bebem os libertinos
Uma vez aos prisioneiros
Depois bebem três vezes aos vivos
Quatro a todos os cristão
Cinco aos fiéis defuntos
Seis às irmãs perdidas
Sete aos guaradas florestais
Oito aos irmãos desgarrados
Nove aos monges errantes
Dez aos navegantes
Onze aos brigões
Doze aos penitentes
Treze aos viajantes
Tanto ao Papa quanto ao rei
Bebem todos sem lei
Seiscentas moedas não são suficientes
Se todos bebem imoderadamente
Sem freio
Bebam quanto for, o espírito alegre
Todo mundo nos denigre
E assim ficamos desprovidos
Que sejam confundidos os que nos difamam
E sejam seus nomes riscados do livro dos justos
Io io io io io io io io io! 

2 comentários:

Nilton Tuna disse...

ótimo post. não conhecia a tradução. bjs.

Hilda Araújo disse...

Obrigada, Nilton! Beijos.