No momento me refugio na Idade Média. Tudo começou com “As aventuras de Robin Hood”, filme de 1944, baseado na obra de Sir Walter Scott (1771-1832), que assisti semana passada. O livro li na adolescência logo depois que descobri Alexandre Dumas e me perdi no ciclo da cavalaria, o que incluiu a lenda do rei Artur e Ivanhoé. Neste filme, Errol Flynn interpreta o romântico nobre que roubava dos ricos para dar aos pobres e Maria Montez é a rebelde lady Marianne. O vilão é o príncipe João da Inglaterra (1166-1216), mais conhecido como João Sem-Terra, irmão do Rei Ricardo Coração de Leão que passou a maior parte da vida fora do seu reino. João é interpretado por Claude Rains (1889-1967). Pura diversão, nenhum compromisso com História.
O filme me fez esquadrinhar minhas estantes em busca de livros sobre o período medieval e nessa busca reencontrei vários amigos um pouco empoeirados como “A canção de Rolando”, século XI, e o “Poema do Cid”, século XII, ambos textos de autores anônimos. Não custa lembrar que a Idade Média compreende o período entre a queda do Império Romano em 453 e a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453.
O terceiro livro foi “Alcassino e Nicoleta”. Ótima diversão. Escrito por autor anônimo provavelmente no final do século XII em francês arcaico. Um amor impossível, um jovem chorão, uma jovem astuciosa, fugas, viagens e o mundo às avessas e até momentos surrealistas. Na verdade, pelas ideias, subversivo para a época.
Depois, animada, iniciei a leitura de “A Celestina”, do espanhol Fernando Rojas, século XVI. Como preâmbulo, uma ótima análise de Luis Carlos Lisboa (1929) sobre a obra e sua influência na literatura mundial.*
E para terminar assistirei “Ivanhoé” (1952), dirigido por Richard Thorpe, com Robert Taylor, Elizabeth Taylor e Joan Fontaine. Não perdi um episódio da série inglesa (1958-1959), com Roger Moore no papel de Ivanhoé, exibida no Brasil nos anos 1960.
*Em tempo: terminei a leitura de "A Celestina". Gostei muito. (20/09/2020)
Nenhum comentário:
Postar um comentário