quarta-feira, 9 de setembro de 2020

PINTORAS DO SÉCULO XVI E XVII: AS BOLONHESAS.

LAVINIA FONTANA (1552-1614) era filha de um renomado pintor de Bolonha (Itália), Prospero Fontana (1512-1597), com quem aprendeu a pintar. Ficou famosa na cidade porque fez retratos de moradores importantes da cidade, mas dedicou-se também à pintura religiosa, o que não a impediu de fazer nus masculinos e femininos. Aos 25 anos casou-se e teve onze filhos. Em 1603, a convite do papa Clemente VIII a família mudou para Roma, onde ela morreu em 1614. Em solteira ela costumava assinar “Lavini a Prosperi Fontanae” e após o casamento acrescentou ao seu o nome do marido, “De Zapis”. O autorretrato de 1577 é considerado sua obra-prima. Lavinia Fontana pintou em vários estilos.


 Autorretrato, 1577.  

ELIZABETTA SIRANI (1638-1665) foi uma bem sucedida gravadora e pintora bolonhesa, que aprendeu sua arte com o pai, o pintor Giovanni Andrea Sirani, mas logo o superou. Quando ele ficou doente e não pôde mais pintar, Elizabetta assumiu a responsabilidade pelo sustento da família. Ela pode ser incluída na lista (tão ao gosto dos supersticiosos) de artistas que morreram aos 27 anos. No verão de 1665, Elizabetta adoeceu repentinamente e morreu em “circunstâncias misteriosas”. As suspeitas recaíram sobre uma empregada, mas nada ficou comprovado. Os estudiosos, atualmente, acreditam que ela foi vítima de periotonite, após a ruptura de uma úlcera. Elizabetta não se casou, mas deixou um legado inestimável: duzentas pinturas, quinze gravuras e centenas de desenhos. Ela também criou uma academia para artistas femininas.

Autorretrato (desenho), 1660 e Autorretrato, 1662.



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