São Paulo tem uma grande e ótima variedade de museus e centros
culturais. Museus para todos os públicos – como os amantes de artes plásticas e
da língua portuguesa, apreciadores de boas histórias, sem esquecer o público
religioso. Aqui três sugestões para explorar três espaços privilegiados da
cidade.
O primeiro contato dos estudantes paulistas com um museu costuma
acontecer ali no alto do Ipiranga, onde D. Pedro proclamou a Independência do
Brasil. O Museu Paulista da USP, no Ipiranga, é uma instituição que permite ao
visitante ir da celebração da Independência à consciência da nacionalidade,
percorrendo os diversos períodos da formação da sociedade paulista e
brasileira. Após um longo período fechado para restauro,
está em pleno funcionamento. É oportunidade para conhecer o belo Parque da
Independência, com o jardim de estilo francês, o riacho do Ipiranga e o
Monumento, onde se encontram os restos mortais do Imperador D. Pedro I e de
suas esposas,
as imperatrizes Leopoldina de Habsburgo e D. Amélia de Leuchtenberg.
Ótima
oportunidade para visitar o Museu de Zoologia da USP, que fica atrás do Museu Paulista.
A garotada vai adorar, afinal há o esqueleto de um dinossauro, um urso muito
simpático e um chimpanzé com ares de filósofo, além de uma infinidade (exagero,
claro) de insetos entre muitos outros animais nativos e exóticos em exposição.
O
Centro Histórico é uma viagem pelo tempo, pois ali misturam-se o local
da fundação de São Paulo, igrejas centenárias, belos prédios assinados por
Ramos de Azevedo, o grande arquiteto de São Paulo, e por Oscar Niemeyer, em
princípio de carreira. Assim, esse passeio sem pressa pode começar pelo Pátio
do Colégio – onde há a igreja são José de Anchieta, o Museu Anchieta, a capela
e o conjunto arquitetônico da Justiça assinado pelo arquiteto Ramos de Azevedo.
No centro, há o monumento Glória
imortal dos fundadores de São Paulo (1925), de autoria do artista Amadeo
Zani. Um pouco adiante, na Rua Roberto Simonsen, encontram-se a Primeira Casa
(museu da cidade São Paulo, a Casa da Marquesa de Santos e o Beco do Pinto.
É
obrigatória uma visita à Catedral Metropolitana, na Praça da Sé, inclusive a
cripta, onde estão as câmaras mortuárias dos arcebispos de São Paulo e de três
personagens históricos importantes: o Cacique Tibiriçá, um dos fundadores da
cidade, frei Bartolomeu de Gusmão (1685-1729), santista inventor da passarola
(primeiro objeto mais pesado do que o ar a voar) e o Padre Diogo Feijó
(1784-1843).
Hora
de enveredar pelo Triângulo – trecho compreendido entre as Ruas Direita, XV de
Novembro e São Bento em que a cidade se desenvolveu até início do século
passado – e adjacências. Atrações principais: Centro Cultural Banco do Brasil
(fecha às terças-feiras); visitas com agendamento: Farol Santander, Edifício
Martinelli e Edifício Matarazzo (Prefeitura). Pausa na Casa Godinho, mercearia
centenária situada no prédio Sampaio Moreira) ou durante a visita ao Mosteiro
de S. Bento, onde há uma padaria especial com bolos, pães, geleias, biscoitos cujas receitas são
seculares.
Pátio do Colégio
Mosteiro de S. Bento – Largo de
S. Bento, s/n.
Centro Cultural Banco do Brasil –
R. Álvares Penteado,112.
Farol Santander – R. João
Brícola, 24.
Edifício Martinelli – R. S.
Bento, 405.
Edifício Matarazzo (Prefeitura) –
Viaduto do Chá, 18.
O
Bom Retiro é um bairro privilegiado: além de grande centro comercial
varejista e atacadista, concentra belos monumentos históricos e importantes
atrações culturais: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu da Língua
Portuguesa, Museu de Arte Sacra. Com direito a uma pausa no Mercado da
Cantareira para almoçar, fazer um lanche ou conhecer o espaço (arquiteto Ramos
de Azevedo) antes de atravessar a ponte sobre o rio Tamanduateí para conhecer o
Palácio das Indústrias, onde está instalado o Museu Catavento. A todos esses
lugares pode-se ir a pé ou de metrô a partir das estações Sé, Luz e Tiradentes.
Pinacoteca do Estado de São Paulo
– Praça da Luz, 2.
Museu da Língua Portuguesa –
Praça da Luz, s/n.
Museu de Arte Sacra – Av.
Tiradentes, 186.
Mercado da Cantareira – R. da Cantareira,
306.
Museu Catavento Palácio das
Indústrias – Av. Mercúrio, s/n.
A
quarta sugestão: avenida Paulista. Não faltam atrações na região da avenida
Paulista (Cerqueira César), lugar ideal para caminhar todos os dias ou
pedalar aos domingos. Há três estações de metrô (linha Verde). A partir do
início da avenida há os jardins da Casa das Rosas que está fechada para
restauro, Japan House, Itaú Cultural, Centro Cultural FIESP/SESI
(funciona de quarta a domingo), SESC Paulista, onde há um mirante no 17º andar,
Museu de Arte de São Paulo – MASP (grátis às terças-feiras) e o Instituto
Moreira Salles.
Casa das Rosas – Av. Paulista,
37.
Japan House – Av. Paulista, 52.
Itaú Cultural – Av. Paulista,
Itaú Cultural, 149.
Centro Cultural FIESP/SESI – Av.
Paulista, 1313.
Museu de Arte de São Paulo – Av.
Paulista, 1578.
Instituto Moreira Salles– Av.
Paulista, 2424.
Há
muitas obras de arte ao longo do percurso como os painéis do Hospital Santa
Catarina, o painel de Clóvis Graciano no Edifício Nações Unidas (nº 648); esculturas como o Homem Aramado, de autor
desconhecido, na equina da rua Teixeira da Silva, ou a de Tomie Ohtake em
frente ao Citi Bank (nº 1111), onde também há um trabalho de Franz Krajcberg
enfeitando a parede do prédio.
Comer
não é problema, problema mesmo é escolher o local. Há dois shoppings para quem
gosta: Shopping Center 3 e o Shopping Cidade de São Paulo. Enfim, a Paulista é
um programa e muito especial.
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