sábado, 11 de janeiro de 2020

OSWALD, MODERNO, SEMPRE MODERNO.

(Editado)
Ele foi um enfant terrible, como se dizia na época em que o francês pontificava entre os bem-nascidos. Hoje, o comportamento extravagante dele talvez não fosse tão excepcional, mas os textos que ele produziu ainda causam polêmica já que não seguem os cânones da língua portuguesa. Se não gosto de tudo que ele produziu, aprecio muito o humor, as percepções inusitadas de tudo e de todos.
Trata-se de José Oswald de Sousa de Andrade ou simplesmente Oswald de Andrade, que nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Filho único de família abastada, ele estudou nas melhores escolas paulistanas da época: Caetano de Campos, Ginásio Nossa Senhora do Carmo, Colégio de São Bento e Direito no Largo de São Francisco (1929). Homem bonito, elegante, boêmio, criou muito caso, perdeu amigos e fez inimigos, mas, sobretudo arrebatou muitos corações femininos ao longo de seus 64 anos. Foi jornalista, poeta e romancista e, principalmente, o promotor da Semana de Arte Moderna de 1922, com Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida. 

"Na Cadillac mansa e glauca da ilusão
Passa o Oswald de Andrade
Mariscando gênios entre a multidão."

“A caçada”, Poesias Completas, Mario de Andrade. 

Mário e Oswald que me perdoem, mas na falta da Cadillac vai o velho Ford glauco em mostra de 2011 na Praça Ramos.



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