Procuro um livro na estante e cai no meu colo outro que se torna muito
mais instigante que o procurado por causa desse post que atiçou minha imaginação. Os anos 20 estão de volta? Não os
anos de 1920, época marcada pela revoada de grandes músicos, escritores, dançarinas,
pintores ‒ especialmente americanos ‒ para França, ou melhor, para Paris. Woody
Allen captou a época de forma mágica em seu filme “Meia-noite em Paris” (2011),
que é simplesmente ótimo. O jornalista carioca Sérgio Augusto (1942) escreveu
um livro delicioso sobre a chamada “Geração Perdida”, que agitou Paris nesse
período e tornou-se um mito graças à imagem criada por Hemingway anos mais
tarde, e que se espalhou mundo afora, de que Paris era uma festa. Se nos
Estados Unidos faltava bebida alcoólica, em Paris o champagne borbulhava à vontade.
Paris, 2010. (Foto: Hilda Araújo.) |
Quem eram todos eles? Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, a própria
Gertrude Stein, Cole Porter, John dos Passos, James Baldwin, Henry Miller,
George Gershwin, Pablo Picasso (espanhol), Josephine Baker, James Joyce
(irlandês) e tantos outros nomes. “E foram todos para PARIS”, como bem diz o
título do livro de Sérgio Augusto, que é “um guia de viagem nas pegadas de
Hemingway, Fitzgerald & Cia“. Se não der para ir a Paris fazer o roteiro
elaborado pelo jornalista, leia o livro do mesmo jeito porque você se sentirá
na cidade, visitando os locais onde todos esses personagens viveram, amaram,
sofreram (especialmente por falta de dinheiro) e se divertiram muito.
E foram todos para Paris:
um guia de viagem nas pegadas de Hemingway, Fitzgerald & Cia. Sérgio
Augusto. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2011.
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