Logo cedo abri a janela e vi
de tudo no céu. Nuvens para todos os gostos: brancas, cinza e negras ‒ estas pareciam
se concentrar ao Norte, mas algumas navegavam para outros lados. E não é que
deixaram uma réstia de azul lá para o Sul? Pelo meio da manhã percebi algo
estranho: um raio de sol banhava a sala meio sem jeito. Vou rapidamente pegar
a bolsa, os livros e saio com destino à Biblioteca. Feliz, sem guarda-chuva. O ônibus
para o metrô estava no ponto. Que beleza! Apenas três paradas... No Paraíso, uma garoa preocupante. No Anhangabaú tempo firme. Devolvo os livros, penso em dar uma
caminhada pelas imediações, mas lá estava o trólebus no ponto e resolvo ir
almoçar na Aclimação. Tudo funcionando às mil maravilhas! Quando estou quase terminando o
almoço, vejo algo familiar lá fora: chove. Chove torrencialmente. Fiquei à
mesa, observando o movimento, mordiscando um brigadeiro de sobremesa... Se o
céu não é de brigadeiro...
São Paulo, 3 de janeiro de 2020.
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