terça-feira, 24 de março de 2020

DIÁRIO DO CONFINAMENTO



Hoje fugi de casa. Levei salvo-conduto: carteirinha de vacinação. Ah! Seria uma boa caminhada não fosse a situação que vivemos. No metrô, poucas pessoas na estação Ana Rosa e nenhuma na plataforma da Santos-Imigrantes. Nas ruas, surpreendeu-me o fato de que as pessoas se cumprimentavam, coisa rara em São Paulo. No posto, que fica num recanto bucólico da Vila Mariana, uma fila de idosos na rua aguarda em silêncio mantendo a distância apropriada. Chega um senhor galhofeiro: “não se preocupem, estou só um pouco infectado”. Funcionários na porta aspergem álcool em cada um que entra. Cinco funcionários com roupas adequadas aplicam a vacina. Tudo rápido e eficiente. Aproveito essa manhã de liberdade para passar no supermercado. Na padaria, tudo mudou: retiraram as mesas porque não servem mais comida. Tudo o que tem é para levar. Implantaram o sistema de entrega. Antes que a manhã terminasse, estava de volta ao lar e à casa e ao confinamento. Quarentena significa período de quarenta dias e até agora nada foi definido nesse sentido, assim, 
confinamento é mais adequado. Hora da leitura.

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