Hoje fugi de
casa. Levei salvo-conduto: carteirinha de vacinação. Ah! Seria uma boa caminhada não fosse a situação que vivemos. No metrô, poucas pessoas na estação Ana Rosa e nenhuma
na plataforma da Santos-Imigrantes. Nas ruas, surpreendeu-me o fato de que as
pessoas se cumprimentavam, coisa rara em São Paulo. No posto, que fica num recanto
bucólico da Vila Mariana, uma fila de idosos na rua aguarda em silêncio
mantendo a distância apropriada. Chega um senhor galhofeiro: “não se preocupem,
estou só um pouco infectado”. Funcionários na porta aspergem álcool em cada um
que entra. Cinco funcionários com roupas adequadas aplicam a vacina. Tudo
rápido e eficiente. Aproveito essa manhã de liberdade para passar no
supermercado. Na padaria, tudo mudou: retiraram as mesas porque não servem mais
comida. Tudo o que tem é para levar. Implantaram o sistema de entrega. Antes
que a manhã terminasse, estava de volta ao lar e à casa e ao confinamento. Quarentena
significa período de quarenta dias e até agora nada foi definido nesse sentido,
assim,
confinamento é mais adequado. Hora da leitura.
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